Descubra quais vacinas são exigidas pelo SUS, quais são indicadas por especialistas e por que todas são importantes para sua saúde
A diferença entre vacinas obrigatórias e vacinas recomendadas ainda causa confusão em muitas pessoas, mesmo em tempos de fácil acesso à informação. Em parte, isso acontece porque, na prática, todo mundo sabe que precisa tomar “vacina”, mas nem sempre entende quais imunizantes são exigidos por lei, quais são apenas orientados pelos médicos e, mais importante, por que todas elas fazem parte de um mesmo objetivo: proteger a saúde individual e coletiva.
Este blog foi criado para esclarecer, com base em fontes oficiais e atualizadas, a diferença entre esses dois tipos de vacina, desmistificar ideias equivocadas (como a crença de que vacinas públicas são inferiores às particulares) e mostrar como manter sua caderneta vacinal em dia com segurança e responsabilidade.
O que são vacinas obrigatórias no Brasil?
As vacinas obrigatórias são aquelas incluídas no Calendário Nacional de Vacinação do Ministério da Saúde. Elas são disponibilizadas gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e visam o controle de doenças de alto risco para a saúde pública, muitas delas com histórico de surtos e epidemias no Brasil. Essas vacinas são aplicadas em postos de saúde e, em algumas situações, sua comprovação é exigida por lei, como no momento da matrícula escolar ou no registro de recém-nascidos.
Entre as principais vacinas obrigatórias, estão a BCG (contra formas graves de tuberculose), a vacina contra Hepatite B (já aplicada nas primeiras horas de vida), a Pentavalente (que protege contra difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e Haemophilus influenzae b), as vacinas contra poliomielite (VIP e VOP), a Tríplice Viral (contra sarampo, caxumba e rubéola), e a vacina contra febre amarela, aplicada em regiões endêmicas.
Essas imunizações são consideradas essenciais porque atuam de forma coletiva: quanto mais pessoas imunizadas, menor a chance de circulação dessas doenças, e maior a proteção para todos.
E quais são as vacinas recomendadas e porque devemos estar atentos a elas?
Diferente das vacinas obrigatórias, as vacinas recomendadas não são exigidas por lei, mas são altamente indicadas por médicos e especialistas com base na idade, estilo de vida, histórico clínico ou exposição a determinados riscos.
Essas vacinas não estão no calendário nacional por diversos motivos – como custo, perfil epidemiológico ou limitação orçamentária do SUS – mas isso não significa que sejam menos importantes. Pelo contrário: muitas delas complementam a proteção oferecida pelas vacinas públicas, especialmente para quem quer manter sua imunidade mais abrangente e atualizada.
Entre os exemplos mais relevantes estão a vacina contra Hepatite A, muito indicada para crianças e pessoas que viajam para regiões com baixo saneamento; a vacina contra o HPV, que vai além da adolescência e pode ser aplicada também em adultos jovens; a vacina meningocócica ACWY, que amplia a proteção contra diferentes sorogrupos da meningite; e a vacina contra o herpes zóster, especialmente indicada para adultos a partir de 50 anos. Também entram nesse grupo as vacinas quadrivalentes da gripe, que oferecem proteção contra mais cepas do que a versão trivalente oferecida anualmente pelo SUS.
Por que algumas vacinas são gratuitas e outras são pagas?
A inclusão de uma vacina no calendário oficial segue critérios técnicos, epidemiológicos, econômicos e logísticos. Isso significa que, para ser distribuída pelo SUS, uma vacina precisa não apenas ser segura e eficaz, mas também ser viável em termos de produção, distribuição e impacto coletivo.
O Ministério da Saúde prioriza vacinas que tenham capacidade de prevenir surtos em grande escala, com foco em doenças de notificação compulsória e transmissão comunitária.
Vacinas que atendem a perfis mais específicos ou que são muito recentes, e, portanto, ainda em processo de ampliação de acesso, costumam ser oferecidas apenas na rede privada. Nesses casos, clínicas especializadas como o Dr. Vacina entram em cena para complementar a cobertura da população, oferecendo uma gama mais ampla de vacinas, combinadas ou com tecnologias diferenciadas.
O mais importante é entender que essas vacinas não substituem as do SUS, mas funcionam como um reforço inteligente para quem quer garantir uma proteção mais personalizada e avançada.
Vacina pública ou privada: há diferença na eficácia?
Uma dúvida frequente – e bastante compreensível – é se há diferença entre tomar uma vacina no posto de saúde e tomá-la em uma clínica particular.
A percepção de que “vacina paga protege mais” é comum, mas não condiz com a realidade. Todas as vacinas aplicadas no Brasil, sejam públicas ou privadas, são aprovadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o que significa que passaram por rigorosos testes de qualidade, eficácia e segurança.
A principal diferença está na tecnologia, nas combinações de antígenos e no perfil de reações adversas. Por exemplo, a versão acelular da dTpa disponível na rede privada tende a provocar menos efeitos colaterais do que a versão tradicional aplicada pelo SUS, mas ambas protegem. Outro exemplo é a vacina pneumocócica conjugada 13-valente, que cobre mais sorotipos da bactéria do que a versão 10-valente oferecida na rede pública. Isso significa que há, sim, vacinas com amplitude maior de cobertura ou menor chance de reação, mas isso não invalida de forma alguma a segurança das vacinas ofertadas pelo SUS.
Portanto, confiar nas vacinas da rede pública é não apenas correto, como necessário. O ideal, sempre que possível, é somar as duas frentes: cumprir o calendário oficial e, com orientação profissional, considerar os imunizantes recomendados oferecidos na rede privada.
Adultos e idosos também precisam manter a vacinação em dia
A ideia de que vacinas são “coisa de criança” ainda persiste, e isso é um erro grave! O calendário vacinal brasileiro contempla todas as faixas etárias, com vacinas específicas para adultos e idosos. Muitas dessas vacinas são reforços de doses tomadas na infância ou imunizações que se tornam ainda mais importantes com o envelhecimento do sistema imunológico.
Adultos devem estar atentos a vacinas como Hepatite B, Tríplice Viral (caso não tenham tomado na infância), dTpa (reforço contra tétano e coqueluche), vacina anual contra gripe e as doses de reforço da COVID-19, conforme orientação vigente.
Já os idosos devem considerar, com acompanhamento médico, vacinas como Herpes Zóster, Pneumocócica 23-valente e, em alguns casos, meningocócica. A vacinação nessa fase da vida ajuda a prevenir internações, complicações respiratórias e até mesmo infecções silenciosas com alto risco de agravamento.
Quando a vacinação falha, doenças voltam
O Brasil vive hoje um cenário de alerta: doenças antes controladas, como sarampo, poliomielite e coqueluche, voltaram a preocupar profissionais de saúde. Isso acontece principalmente por causa da queda na cobertura vacinal infantil e da hesitação de parte da população adulta em manter sua imunização atualizada.
A desinformação, alimentada por redes sociais, notícias falsas e interpretações distorcidas, compromete anos de avanços em saúde pública.
Quando menos de 90% da população está imunizada contra uma doença transmissível, a chamada imunidade coletiva deixa de existir, e os surtos voltam a ocorrer. O resultado disso é o aumento de internações, sobrecarga dos sistemas de saúde, perda de vidas e altos custos sociais e econômicos.
Não se vacinar não afeta apenas quem tomou essa decisão: afeta todos ao redor, especialmente os mais vulneráveis.
Conclusão: vacinar é proteger a si mesmo, os outros e o futuro da saúde pública no Brasil
Vacinas obrigatórias e vacinas recomendadas não são concorrentes. Elas fazem parte de uma mesma estratégia: proteger a saúde das pessoas e da sociedade como um todo. As obrigatórias garantem um escudo coletivo contra doenças que podem gerar surtos. As recomendadas complementam essa proteção com foco em condições específicas, tecnologias mais modernas ou necessidades individuais.
Tomar vacina é um gesto de autocuidado, mas também de empatia, de responsabilidade e de visão de futuro. É apostar na ciência, no acesso universal à saúde e na construção de uma sociedade mais segura, saudável e solidária.
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