Nova variante e vacinas contra Covid-19: o que se sabe sobre o assunto

A nova variante já está no Brasil e o questionamento de todos é se as vacinas contra Covid-19 proporcionam proteção para a mesma.

Em 24 de novembro, a OMS fez anunciou: uma nova variante, a Ômicron, estava circulando pelo mundo. Depois desse anúncio, muitas discussões estão sendo levantadas, sobretudo, relacionadas a eficácia das vacinas existentes.

Lugares, como o Reino Unido (onde, inclusive, existem muitas pessoas contra a vacinação), estão vivendo novamente um Lockdown. No Brasil, por enquanto, a nova cepa está em controle, mas não deixa de preocupar as autoridades.

Diversas pesquisas estão em andamento para medir o quanto as vacinas aplicadas atualmente são eficazes na proteção contra a nova variante. Alguns estudos, ainda preliminares, indicam que a nova cepa pode, de forma parcial, passar pela primeira barreira de proteção. A solução? Doses de reforço.

Uma nova variante mais transmissível?

Uma coisa é certa: a variante está se alastrando rapidamente em muitos países. Com o crescimento rápido de casos, em poucas semanas a nova variante passará o número de casos da Delta. Mas, mesmo sendo cedo para afirmar algo com propriedade, alguns dados apontam que mesmo com a alta incidência, não estamos tendo uma maior mortalidade.

Ainda é extremamente difícil saber o que vai acontecer, afinal, muitos dados conflitam. Entretanto, uma variante mais transmissível, mesmo que com menos chances de morte, ao crescer em uma velocidade tão alta, pode causar um grande deficit no sistema de saúde e, como consequência, mais vidas ceifadas.

Em comparação com as demais variantes, os dados, até o momento, apontam que a ômicron se multiplica 70 vezes mais rápido nos brônquios humanos. Um dado, portanto, que pode explicar a transmissão extremamente rápida. Entretanto, em relação à infecção no pulmão, um problema que ceifou milhares de vidas, os dados mostram que a porcentagem de risco é significativamente menor do que o vírus original.

As vacinas contra Covid-19 aplicadas são eficazes?

A pergunta que todos estão fazendo: as vacinas contra Covid-19 são eficazes para essa nova cepa? Os primeiros estudos apontam que o soro de pessoas vacinadas neutralizou a variante em um nível consideravelmente mais baixo do que as demais. Além disso, os soros de indivíduos que foram infectados e vacinados ou vacinados e, posteriormente, infectados, também foram capazes de neutralizar a variante.

Então, podemos dizer que as vacinas estão prevenindo os casos graves da doença e garantindo uma menor probabilidade de infecção. Ou seja, estão cumprindo com seu objetivo: reduzir internações hospitalares e mortes.

Portanto, não restam dúvidas que a melhor e maior proteção, independente da variante é a vacinação. É claro, devemos continuar nos cuidando com o uso de máscara, higienização de ambientes e das mãos. Mas, como mostram dados anteriores, a resposta das vacinas pode dar um maior controle a nova variante.

Inclusive, vale destacar que vários estudos sugerem que uma dose de reforço de uma das vacinas, independente de qual seja, reduz a Covid-19 grave em todas as faixas etárias. Além disso, aumenta a atividade neutralizante contra a nova cepa de forma extremamente significativa.

Sendo assim, vacine-se, incentive a vacinação e proteja-se!

Patrícia Ruiz – COREN- SP 226-788 – Enfermeira Responsável Técnica. Concluiu a graduação de Enfermagem em 2009 na universidade UNIP – Sorocaba. Atua desde 2017 no Dr. Vacina.

FONTE

Vacinas e Ômicron: o que os laboratórios disseram sobre eficácia contra variante. CNN Brasil. Consultado em 22 de dezembro de 2021.

Variante ômicron: como o vírus atua e como podemos nos proteger dele. BBC. Consultado em 22 de dezembro de 2021.

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