HIV: Muitos estudos, mais próximos da proteção efetiva

O HIV é um vírus que já ceifou milhares de vidas e aterroriza muitas pessoas, mas, felizmente, estão mais próximo da cura do que imaginamos!

Neste mês de dezembro temos uma campanha muito importante: a de luta contra o HIV. O vírus, que vem atingindo a população mundial nos últimos 40 anos, é visto como uma das epidemias mais mortais do planeta.

A luta de toda a população e, sobretudo, a dedicação dos pesquisadores, tem resultado em bons frutos e, felizmente, a fase de teste da vacina já começou. Mais de 6 mil pessoas estão participando de um estudo atual, que está sendo conduzido em diversos países, inclusive no Brasil. Sem dúvidas, um dos maiores marcos em quatro décadas.

É fato que nem todas as pessoas que contraem o vírus desenvolvem a doença. Mas poder contar com uma fórmula capaz de prevenir a infecção, reduzindo a multiplicação do vírus e evitando mais mortes, é tudo o que queremos!

Mas o que é o HIV?

Human Immunodecifiency Virus, o HIV, provoca a imunodeficiência humana. Ou seja, o vírus atinge diretamente o sistema imunológico do cidadão, o deixando sem defesa contra as demais infecções existentes.

O vírus tem um alvo principal: o linfócito T-CD4+, um tipo de célula de defesa produzida pela glândula timo. Essa célula tem como responsabilidade organizar e comandar a resposta do nosso sistema imunológico.

Quando uma pessoa é infectada pelo HIV, o vírus da doença se liga a um componente da membrana do linfócito T-CD4+, o invadindo completamente. Assim, ele é capaz de alterar o DNA do linfócito, criando cópias do vírus, o que o rompem e o destroem. Conforme o HIV avança, o sistema imunológico vai ficando mais fraco e, por fim, acaba não conseguindo mais combater a nenhuma infecção.

A vacina como sinal de progresso

Já em teste no Brasil, a vacina que visa combater o HIV faz a combinação entre o Ad26.Mos4.HIV e Bivalent gp140. Os dois são resultados de uma pesquisa anterior chamada Mosaico, feita em diversos países, como Estados Unidos, Itália, Brasil, dentre outros.

O estudo, que é coordenado pela Rede de Ensaios de Vacinas contra o HIV, aponta que quando associados, devem estimular uma ampla resposta imunológica, garantindo a redução dos riscos de infecção.

Para que você possa entender melhor a vacina, a Ad26 é feita a partir do adenovírus 26. Este é um vírus comum de resfriados, mas que foi atenuado com parte do DNA do HIV. O imunizante, quando aplicado, “dirá” ao corpo para produzir proteínas semelhantes às do HIV.

Assim, o sistema imunológico poderá responder com total força às cópias das proteínas do HIV, as reconhecendo para combatê-las no futuro.

Bivalent gp140 é feita de proteínas sintéticas, muito parecidas a uma estrutura encontrada na superfície do HIV. Quando aplicada ao corpo, o sistema imunológico é capaz de a reconhecer e fazer sua parte para combater o vírus, caso uma real exposição aconteça.

Enfim, especialmente aqui no Brasil, existem 8 centros de pesquisa da Mosaico. Estes estão presentes em Belo Horizonte, Curitiba, Manaus, Rio de Janeiro e São Paulo. O recrutamento de voluntários começou no ano passo e diversas pessoas já tomaram a primeira dose. O acompanhamento será feito por 30 meses.

Estamos animados e confiantes que, mais do que nunca, estamos perto de uma feliz cura para este vírus que nos assombra a anos.

Patrícia Ruiz – COREN- SP 226-788 – Enfermeira Responsável Técnica. Concluiu a graduação de Enfermagem em 2009 na universidade UNIP – Sorocaba. Atua desde 2017 no Dr. Vacina.

FONTE

Qual a diferença entre HIV e Aids. Pfizer. Consultado em 15 de dezembro de 2021

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